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Fonte: br.photaki.com |
A escola é uma instituição social que espelha como foco principal o desenvolvimento do diálogo do conhecimento científico-filosófico universal, possibilitando ao aluno a inserção de saberes e formas culturais exigidas para o pleno desenvolvimento humano, frente à sociedade em que vive. Com a chegada da era da informação e da comunicação a escola ganha um novo cenário, como a necessidade de formação de professor, laboratórios de informática, melhoria do acesso à Internet, selecção de programas educativos, dentre outros recursos.A escola não pode funcionar alheia a essa realidade, tendo em vista que as trocas de informação acontecem cada vez mais rapidamente, além do fato de que as crianças, desde pequenas, já utilizam aparatos tecnológicos em seus quotidianos.
Existem duas formas de conceber a utilização do computador na educação: como máquina de ensinar ou como ferramenta de auxílio pedagógico. A primeira consiste na reprodução dos métodos tradicionais de instrução utilizando o computador. É chamada de modelo instrucionista e foi desenvolvida por Skinner. A segunda foi introduzida por Papert e recebeu o nome de construcionista. O aluno constrói por meio do computador o seu próprio conhecimento.
O foco principal está na aprendizagem e não no ensino, na construção do conhecimento e não na instrução.
Desta forma, a utilização do computador aqui defendida é como um recurso pedagógico que ajuda na descrição, na reflexão e no refinamento de ideias, possibilitando que o aluno seja um ser activo no processo de construção de seu conhecimento. É imprescindível que a escola desenvolva condições para a utilização do computador no âmbito da sala de aula, de modo a preparar adequadamente o aluno para a cidadania e o mercado de trabalho, caso contrário, torna-se difícil sua inclusão na sociedade moderna.
Na década actual, há uma profusão de recursos tecnológicos, que promovem o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) perante a mobilidade e, democratizam a informação perante os processos educacionais, por meio da profusão das redes sociais de comunicação instaladas notadamente na Internet e da construção cooperativa de conhecimentos.
Tais processos acelerados de mudanças farão com que novos recursos advindos da evolução das TIC contribuam cada vez mais para a concepção de novas técnicas e métodos de ensino e aprendizagem utilizados nas modalidades de educação presencial, semipresencial ou a distância.
Um grande desafio é que as maiorias dos educadores atuais não são nativos digitais, enquanto os alunos jovens, cada vez mais o são. Uma fronteira móvel transparente divide estas duas realidades humanas e pode até sufocar determinados professores conservadores perante o uso do TIC.
Os professores podem ser flagrados em sala de aula pelos alunos jovens, que podem detectar, durante uma sessão pedagógica, aqueles que se encontram desfasados nos aspectos de suas habilidades e competências, para exercer o pleno uso do computador ou Internet durante o desenvolvimento de actividades escolares.
Por outro lado, as contínuas mudanças oriundas de novos recursos de comunicação e interacção, que são disponibilizados pelas TIC, provocam a necessidade de uma árdua e cansativa reflexão continuada sobre como se devem adaptar as técnicas e métodos de ensino e aprendizagem, desconstruir e reconstruir a prática pedagógica reflexiva, de modo a estabelecer caminhos de mão-dupla entre: a mediação pedagógica e o desenvolvimento cooperativo de conhecimentos nos espaços presencial, semi-presencial ou virtual. Não é uma luta fácil articular as TIC à pedagogia, mas faz parte de uma adaptação continuada do processo educacional.
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